Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
Para começar, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é um marco histórico no país. Quando Dom João VI chegou ao Brasil, trouxe consigo cerca de 60 mil itens, incluindo livros, manuscritos, mapas, moedas e medalhas. Esses objetos, por sua vez, formam parte do acervo da Biblioteca Nacional, que abriu ao público em 29 de outubro de 1810. Atualmente, a instituição abriga cerca de 9 milhões de itens e é reconhecida pela UNESCO como uma das mais importantes bibliotecas do mundo e a maior do Brasil. Além disso, no local, funcionam laboratórios de restauração, oficinas de encadernação e centros de digitalização, o que reforça sua importância cultural e histórica.
Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo
Em segundo lugar, no estado de São Paulo, temos a Biblioteca Mário de Andrade. Criada em 1925, essa é a segunda maior biblioteca do país. Inicialmente, seu acervo era composto por obras pertencentes à Câmara Municipal de São Paulo; hoje, no entanto, conta com uma coleção de mais de 40 mil obras raras, além de 20 mil periódicos e 10 mil documentos diversos, incluindo manuscritos e fotografias. O edifício, projetado por Jacques Pilon, é, portanto, considerado um marco da arquitetura moderna paulista.
Biblioteca Pública do Paraná
Além das já mencionadas, a Biblioteca Pública do Paraná também merece destaque. Inaugurada em 7 de março de 1857, essa biblioteca, localizada em Curitiba, possui um acervo de 600 mil volumes, abrangendo livros, periódicos e materiais multimídia. Adicionalmente, o prédio de 8,5 mil m², tombado como patrimônio cultural, oferece uma programação cultural variada, com exibição de filmes e oficinas literárias, o que proporciona aos visitantes uma forma de sair da rotina.
Biblioteca Nacional de Brasília
Por outro lado, a Biblioteca Nacional de Brasília é relativamente nova, integrando-se ao plano original da capital federal. Idealizada por Lúcio Costa e inaugurada em 2008, essa biblioteca possui 40 mil exemplares disponíveis para empréstimo. Além disso, promove eventos culturais, como palestras e exposições, oferecendo uma ampla programação gratuita para a comunidade.
Biblioteca Pública Estadual do Amazonas em Manaus
Indo para a região Norte do país, encontramos a Biblioteca Pública Estadual do Amazonas. Fundada em 1870 e inaugurada em 1910, essa biblioteca inicialmente contava com 1200 volumes. Atualmente, abriga mais de 32 mil obras raras, além de 35 mil volumes e 30 mil jornais. Aliás, o prédio, de estilo neoclássico, possui elementos trazidos do exterior, como colunas de Glasgow e lustres de cristal vindos da Inglaterra, o que aumenta ainda mais seu valor arquitetônico.
Biblioteca da Floresta em Rio Branco
Já no estado do Acre, a Biblioteca da Floresta em Rio Branco se destaca por sua especialização em temas amazônicos. Ela reúne conteúdos sobre meio ambiente e sustentabilidade, promovendo debates sobre a Amazônia e o Acre. Além disso, destaca-se por abrigar exposições permanentes sobre os indígenas locais, constituindo, assim, um espaço de conexão entre conhecimento científico e saberes dos povos tradicionais.
Biblioteca Infante D. Henrique em Salvador
Da mesma forma, em Salvador, encontramos a Biblioteca Infante D. Henrique, que possui um importante acervo no Gabinete Português de Leitura. Com cerca de 25 mil volumes, essa biblioteca é especializada em história e literatura de Portugal e do Brasil. O edifício, projetado no estilo Neomanuelino, reflete as grandes navegações portuguesas e foi inaugurado em 1918, marcando um elo cultural entre os dois países.
Real Gabinete Português de Leitura no Rio de Janeiro
Por fim, voltando ao Rio de Janeiro, temos o Real Gabinete Português de Leitura, que abriga o maior acervo de obras de autores portugueses fora de Portugal, com 350 mil volumes. Entre suas obras raras estão a edição prínceps de Os Lusíadas (1572) e as Ordenações de Dom Manuel (1521), fortalecendo o legado cultural lusitano no Brasil.